Pesquisa: Janaína C. Oliveira. Revisão técnica: Chris Buarque. Revisão geral: Claudia Lopes
1 – Análise Fitoquímica: Testes de triagem, qualitativo ou semi qualitativo, para a identificação de grupos funcionais na matéria prima vegetal, que permite a determinação do perfil fitoquímico de uma amostra, auxiliando na identificação da espécie vegetal e a conformidade de protocolo de análise.
2 – Banho de assento: Imersão em preparado com substância natural ou sintética em água morna, utilizando geralmente bacia ou louça sanitária apropriada, onde é feito na posição sentada cobrindo apenas nádegas e quadril.
3 – Cataplasma: consiste em um preparado com consistência de papa, geralmente aplicada entre duas peças de tecido, colocada sobre a pele para fins curativos.
4 – Compressa: prática de tratamento que se utiliza de pano ou gaze limpos, umedecidos em infuso ou decoto, podendo ser frios ou quentes, sendo colocados no local lesionado.
5 – Conhecimento Tradicional: conjunto de saberes, inovações e práticas sobre propriedades e recursos biológicos, adquiridos por séculos pela experiência vivida e luta pela sobrevivência, por povos originários e tradicionais locais, sobre a biodiversidade local englobando hábitos alimentares, curativos, de plantio, vestimenta, construção e agricultura, sendo passado geralmente de forma verbal de geração a geração, podendo ser expressos através de mitologia, folclores, praticas ritualísticas, musicas e leis.
6 – Decocção: Forma de extração de substâncias de matéria prima vegetal, realizada através de fervura por um período de tempo, geralmente utilizado para partes mais rígidas de vegetais, como raízes, rizomas, cascas, caule e sementes.
7 – Derivado de droga vegetal: produtos provindos da extração de matéria prima vegetal ou planta medicinal in natura ou droga vegetal, podendo ser em forma de extrato, tintura, alcoolatura, óleo fixo e volátil, cera, exsudatos e outros.
8 – Droga vegetal: planta medicinal ou suas partes, contendo substâncias ou classes de substâncias responsáveis por ação terapêutica, após a passagem por processos de coleta, estabilização (quando aplicável) e secagem, na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada.
9 – Ervanaria: estabelecimento responsável por realizar a dispensação de plantas medicinais.
10 – Etnobotânica: é o estudo das sociedades humanas, passadas e presentes, e suas interações ecológicas, genéticas, evolutivas, simbólicas e culturais.
11 – Extrato: preparação obtida a partir de matéria prima vegetal, podendo ser de consistência líquida, sólida ou intermediária, sendo preparado por técnica adequada e utilizando solventes como etanol, água ou outro solvente adequado.
12 – Extrato seco: preparação sólida obtida após a evaporação do solvente utilizado na extração, sendo necessária apresentar no mínimo 95% de resíduo seco.
13 – Farmácias vivas: projeto instituído pelo Professor Abreu de Matos, em 1984, na Universidade Federal do Ceará, com o objetivo de estimular o uso correto de plantas medicinais, desde a fase de cultivo até a produção, com foco na seleção por sua eficácia e segurança de uso.
14 – Fitocomplexo: substâncias provindas dos metabolismos primário e secundário das plantas, responsáveis em conjunto pelos efeitos biológicos de uma planta medicinal ou de seus derivados.
15 – Fitoterapia: terapia com o uso de plantas medicinais em suas diversas formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas mesmo que de origem vegetal, para fins curativos e preventivos.
16 – Fitoterápico: produto obtido exclusivamente de matéria prima vegetal.
17 – Forma farmacêutica: apresentação final de um princípio ativo ou produto farmacêutico, seja de origem natural ou sintética, após a execução de processos farmacêuticos, com ou sem adição de excipientes.
18 – Infusão: preparação onde se verte a água fervente sobre a planta, in natura ou seca, em seguida sendo tampada ou abafada por período de tempo determinado, sendo indicado para partes menos rígidas como folhas, flores, inflorescências e frutos.
19 – Matéria prima vegetal: planta medicinal fresca, droga vegetal ou derivados de droga vegetal.
20 – Mecanismo de ação: expressão farmacológica que se refere à interação bioquímica específica que a substância, sintética ou natural tem, e que resulta no efeito sobre o organismo.
21 – Metabolito primário: compostos imprescindíveis para o crescimento, desenvolvimento e reprodução, sendo produzidos para a sobrevivência da planta.
22 – Metabólito secundário: compostos orgânicos produzidos pelas plantas, que não estão envolvidos diretamente no crescimento, desenvolvimento e reprodução do vegetal, tendo papel importante na defesa contra predadores.
23 – Nomenclatura botânica completa: gênero, espécie e autor do binômio, variedade, quando aplicável, e família.
24 – Planta fresca: planta coletada no momento do uso.
25 – Planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com fins terapêuticos.
26 – Planta seca: planta que passou por processo de secagem e estabilização, sendo equivalente à droga vegetal.
27 – Princípio ativo: substância que tem ação farmacológica reconhecida, sendo responsável por total ou parcial efeito terapêutico do fitoterápico.
28 – Posologia: descreve a dose, os intervalos entre as administrações e a duração do tratamento.
29 – Quimiotipo: determina a variabilidade química de indivíduos de uma mesma espécie botânica em relação a parâmetro predefinidos de um ou mais constituintes característicos da espécie.
30 – Tintura: preparação alcoólica ou hidroalcoólica resultante da extração de drogas vegetais ou animais ou da diluição dos respectivos extratos, podendo ser simples ou composta se preparada com uma ou mais matérias-primas.
Fontes:
Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo – CRF SP Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Cartilha de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 4º ed. São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. 2019. Disponível em: http://portal.crfsp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8467-cartilha-de-plantas-medicinais-e-fitoterapicos.html
Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica. Conhecimentos Tradicionais. Cartilhas da Série ABS. Tradução: Carlos Potiara Castro. Brasil. Disponível em: https://www.cbd.int/abs/infokit/revised/web/factsheet-tk-pt.pdf
BORGES, Larissa Pacheco; AMORIM, Victor Alves. Metabolismo Secundário de Plantas. Revista Agrotecnologia. Nº 1. Vol. 11. Ipameri. 2020. Disponível em: file:///C:/Users/Guilherme/Downloads/9705-Texto%20do%20artigo-36865-1-10-20200309.pdf
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