A falta de gestão estratégica em clínicas de saúde integrativa faz com que muitos profissionais da área foquem no atendimento, mas negligenciem a gestão financeira, levando ao fechamento precoce das clínicas.
Os erros mais comuns são a compra e a precificação intuitivas, sem análise de custos e sem um modelo sustentável de lucratividade. Para reverter esse quadro amador, é preciso profissionalizar a gestão com estratégias concretas.
Mas antes de falar dessas estratégias, quero fazer uma diferenciação e alerta: Muitos confundem empreendedorismo com revenda de produtos ou se deixam levar por promessas ilusórias de marketing multinível (MMN). O verdadeiro empreendedorismo envolve criação de valor, gestão estratégica e inovação, enquanto o MMN na grande maioria das vezes beneficia apenas quem está no topo da rede.
Vamos às estratégias mais fáceis de serem implementadas:
Estruturação da gestão financeira
Separação das contas pessoais e empresariais: Evitar misturar despesas da clínica com gastos pessoais.
DRE (demonstração do resultado do exercício): Ter um relatório simples que mostre receitas, custos fixos, variáveis e lucro líquido.
Fluxo de caixa projetado: Controlar entradas e saídas futuras para evitar surpresas financeiras.
Precificação baseada em custos e valor: Não apenas no "achismo" ou no preço do concorrente.
Estratégias de precificação inteligente
Cálculo de custo real por atendimento
Custo fixo: Aluguel, folha de pagamento, tecnologia, marketing, impostos.
Custo variável: Materiais consumíveis, comissões, taxas de transação.
Margem de lucro ideal: Definir um percentual saudável baseado na expectativa de retorno sobre o investimento.
Valor percebido: Ajustar o preço considerando o diferencial da clínica, especialização dos profissionais e experiência oferecida.
Modelo de precificação
Markup: aplicar um fator de multiplicação sobre os custos para garantir lucro.
Preço por hora: Saber quanto custa cada hora de atendimento e garantir que os serviços cubram esse valor com margem.
Precificação por pacotes: Criar pacotes de atendimento com maior ticket médio ao invés de vender consultas avulsas.
Compras inteligentes
Negociação com fornecedores: Pedir descontos por compras recorrentes ou à vista.
Controle de estoque: Evitar desperdício de insumos e compras excessivas.
Planejamento de aquisições: Definir quando e como comprar, evitando decisões por impulso.
Estratégia de rentabilidade
Aumento de ticket médio: Oferecer combos de serviços, programas de acompanhamento e produtos complementares.
Fidelização e recorrência: Criar planos de assinatura ou acompanhamento para manter o cliente ativo.
Diferenciação no mercado: Posicionar a clínica como referência, justificando preços mais altos.
Uso de indicadores para gestão profissional
O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado. Indicadores essenciais:
Custo por paciente atendido: Saber quanto custa cada atendimento.
Taxa de ocupação da agenda: Identificar horários ociosos para otimizar a agenda.
Receita por serviço: Saber quais serviços são mais lucrativos.
CAC (custo de aquisição de cliente): Medir quanto custa conquistar um novo paciente.
LTV (lifetime value): Calcular quanto um paciente gera de receita ao longo do tempo.
Profissionalização da gestão
Uso de softwares: Implementação de sistemas de gestão para controle financeiro e de agendamentos.
Treinamento da equipe: Ensinar a equipe a vender serviços com base em valor e experiência, não apenas em preço.
Consultoria ou mentor: Ter um especialista para ajudar na estruturação do negócio.
Uma reflexão: Por que milhares de profissionais fecham clínicas e lojas de produtos de saúde e bem-estar e com você será diferente? Sorte?
Orientação: Nos negócios, não conte com sorte. Conte com eficiência e diferenciação.
Consulte-nos para saber sobre profissionais de referência na Naturopatia e saúde integrativa, em sua cidade.
Commentaires