São muitas as técnicas terapêuticas com massagens.
Normalmente, rapidamente difundidas através de workshops pelo mundo todo.
Não raras vezes, a ideia central, é que você termine o curso repetindo as manobras de massagem realizadas pelo palestrante.
Com o número crescente de pessoas que buscam fugir da automedicação, também há aqueles que recorrem às massagens para tratar os mais diversos tipos de dor.
No processo de certificação internacional Naturopatía AZUL, recebemos dentre os materiais, os vídeos com realização das práticas terapêuticas realizadas nas clínicas e spas. São vídeos realizados com modelos, e com os devidos cuidados éticos e autorais de divulgação de imagem.
Após avaliação, são feitas as orientações necessárias à implementação dos processos de qualidade.
O que temos observado:
_ Massoterapeutas, Naturopatas, Profissionais holísticos com expertise em diversos tipos de massagem em ambientes sem ergonomia para o profissional ou paciente/cliente.
_Massoterapeutas, Naturopatas, Profissionais holísticos com dificuldades técnicas, mas em ambientes ergonômicos tanto para o profissional como para o paciente/cliente.
_ Massoterapeutas, Naturopatas, Profissionais holísticos com dificuldades técnicas, em ambientes despreparados.
_ Massoterapeutas, Naturopatas, Profissionais holísticos com expertise, em ambientes preparados e que desejam implementar melhoras contínuas.
Além, do ambiente interno (comodidades, limpeza, acessibilidade etc.,) na massoterapia clínica, referindo-se à competência profissional algumas perguntas precisam ser respondidas:
Onde dói?
Como posso tratar?
Que estruturas podem estar envolvidas?
Massoterapia clínica é a manipulação manual dos tecidos moles para aliviar queixas específicas de dores e disfunções.
Abaixo, faremos algumas considerações importantes que estão mais diretamente relacionadas à aptidão e capacitação profissional:
Vamos considerar o termo body work, que surge da teoria de Wilhelm Reich (discípulo de Freud), onde a personalidade tem íntima ligação com a estrutura corporal, havendo a necessidade de tratamento do corpo e das emoções.
Anos depois, Ida Rolf desenvolveria um sistema de integração estrutural (Rolfing), onde se enfatizaria a reestruturação da fáscia muscular.
Muitas práticas foram sendo incorporadas à massoterapia clínica, enfatizando-se os trigger points, conhecidos como pontos gatilhos – pontos de tecido mole sensíveis à palpação, a partir dos quais a dor é desencadeada ou irradiada para áreas distantes.
Massoterapia clínica no campo da saúde
O tratamento clínico das diversas disfunções orgânicas está cada vez mais integrativo. No entanto, não há especialidade médica que se concentre no tratamento muscular de forma específica. Um paciente com dor muscular irá procurar: Ortopedista (especialista em ossos) e/ou Reumatologista (especialista nas articulações).
O indivíduo não é compartimentado
É fundamental ver a floresta, mas as árvores também precisam ser vistas.
Não dá para entender o todo sem conhecer as partes e levá-las em conta.
O tecido muscular pode ser encurtado de forma passiva e ativa. O tecido que se encurta a maioria das vezes, por mecanismo de defesa onde torna-se resistente ao alongamento.
Exemplo passivo: quando há imobilização por uso de gesso.
Exemplo ativo: quando há sobrecarga, movimento repetitivo ou alongamento excessivo.
Os tecidos moles do corpo reagem ao toque. Uma das explicações é que a dor miofascial é causada por circuito de retroalimentação neuromuscular autoperpetuadora, no qual a estimulação por meio do toque, interfere, restaurando assim a função normal.
Então, a intervenção manual dos tecidos em disfunção interrompe esse processo, forçando outra resposta neural.
Esse é o princípio que norteia a massoterapia clínica: tratar os tecidos moles persistentementes encurtados, restaurando sua função natural e indolor por meio do toque, considerando sempre o paciente em sua totalidade.
A fonte de energia dentro da célula muscular é denominada ATP (adenosina trifosfato) derivada do metabolismo do glicogênio (uma forma de glicose) armazenado no músculo. Quando o tecido muscular é estimulado pelo SN (sistema nervoso), ele recruta as diversas unidades motoras, dependendo da potência do estímulo. Se o estímulo é mantido, algumas unidades motoras podem experimentar a exaustão. Esgotam-se os suprimentos de ATP. Outras unidades motoras são então recrutadas para aliviar a situação. Por isso os músculos trabalham sempre de forma interligada. Muitos grupos musculares podem estar envolvidos numa única contração.
PALPAÇÃO
Ao examinar o paciente, é possível encontrar pontos do corpo que apresentam dor quando são pressionados. Os pontos de dor à palpação são denominados tender points.
Já os pontos gatilhos miofasciais são aqueles encontrados no formato de um nódulo, dentro de uma faixa rígida de tecido muscular extremamente dolorido, que refere ou irradia a dor em um padrão característico. Esses pontos são produzidos por tensão muscular como sobrecarga, movimento repetitivo ou alongamento excessivo repentino. O ponto gatilho ativo produz a dor referida de forma espontânea. O ponto gatilho latente produz a dor quando a pressão é paliçada durante a palpação. O ponto gatilho primário é causado pela tensão muscular. O ponto gatilho satélite é produzido secundariamente por um ponto gatilho primário.
O ponto gatilho é considerado liberado quando se observa que seu nódulo diminui a resistência à palpação e o paciente não refere mais a dor. O músculo é considerado liberado quando relaxa enquanto a manobra terapêutica está sendo realizada. A fáscia é considerada relaxada quando o terapeuta sente que ele abrandou e alongou.
FÁSCIA
Fáscia vem do termo latim que significa faixa ou bandagem.
É o tipo mais difuso de tecido corporal. Está em todos os lugares. É a infraestrutura do corpo. É ela que dá ao corpo a forma, tanto interna quanto externa, além de fornecer a armação para todos os outros sistemas (circulatório, nervoso e linfático).
“É um verdadeiro esqueleto de tecido mole”.
A fáscia é um tipo de tecido conjuntivo que assume outras formas, como tendões, ligamentos, aponeuroses e tecido de cicatrização, apresentando nomes diferentes de acordo com sua localização:
Meninge: ao redor do encéfalo e da medula espinhal
Periósteo: ao redor dos ossos
Pericárdio: ao redor do coração
Peritônio: ao revestir a cavidade abdominal
Fáscia: ao cobrir todo o corpo em uma camada sob a pele.
Funções:
Limitação: ao proporcionar limites firmes, ela aumenta a força muscular. O músculo cuja fáscia é removida é mais fraco.
Dá forma ao corpo além de fornecer suporte e manter as partes no lugar.
Contém e comparte: contém e canaliza os líquidos corporais, ajudando a impedir a disseminação de infecções.
Forma o novo tecido conjuntivo: a fáscia contém células do tecido conjuntivo (fibroblastos) que podem se especializar, de acordo com a necessidade, para espessar o tecido conjuntivo, ajudar a reparar os tendões e ligamentos e formar tecido de cicatrização.
Ao envolver os tecidos numa teia a fáscia pode formar aderências entre estruturas que deveriam permanecer livres.
Ela pode alterar a estrutura interna dos músculos com depósitos de cartilagem (fibrose) que produzem dor e limitam o movimento. Esse tecido endurece e se contrai com o tempo, tornando-se cada vez menor a possibilidade de resposta ao tratamento corretivo.
Toda fáscia distribuída pelo corpo é contínua.
É como uma trama de tricô onde um fio puxado em qualquer parte, causa distorção na forma. Mesmo que o fio puxado esteja distante do defeito inicial.
É preciso saber qual o tipo de “body” o paciente está vestindo hoje. Assim é a fáscia.
Qualquer collant ou meia calça que torce, sai do lugar causa uma sensação desagradável ou incômoda. Esse collant, pode se tornar desajustado pelas posições habituais incorretas. Portanto, precisa ser liberada. Alongada. Realinhada.
FÁSCIA SUPERFICIAL
A fáscia superficial também é denominada hipoderme, tela subcutânea ou extrato subcutâneo. Está logo abaixo da pele e contém gordura, fascículos de tecido muscular, vasos sanguíneos, nervos cutâneos e quase metade da gordura do corpo.
FÁSCIA PROFUNDA
A fáscia profunda localiza-se sob a superficial que é contínua. Essa fáscia inclui a que envolve um grupo de músculos (fáscia de revestimento) e a que envolve os músculos (epimísio) e os fascículos dentro do músculo (perimísio) e as fibras musculares individuais (endomísio). Cada camada de fáscia profunda dá origem a uma sucessiva.
Quando tratamos os músculos, tratamos também a fáscia. Exercitá-los de modo separado é como tentar separar o ar que preenche uma bolha de ar, da bolha.
Músculos e fáscia fazem parte do mesmo contexto.
Trabalho com a fáscia:
Rolagem ou descolamento da pele: elevação do tecido de sua superfície, entre os polegares e as pontas dos dedos.
Objetivo: aumentar a flexibilidade da fáscia e tratar pontos de dor à palpação nas diferentes camadas da fáscia.
Liberação miofascial: processo de alongamento suave e pressupõe o uso frequente das duas mãos para envolver e alongar a fáscia de modo a movê-la de acordo com suas inclinações.
O tratamento fascial é muitas vezes um precursor muito importante do tratamento de músculos específicos, pois aquece e estimula o tecido, dando ao músculo mais liberdade de se expandir, em sua bainha fascial.
Mecânica corporal:
Serve para proteger o corpo do terapeuta e proporcionar maior eficiência durante a aplicação. Todo o corpo do terapeuta é utilizado. Usar o peso do corpo requer menos trabalho.
Com essas breves considerações, podemos concluir sobre a importância da excelência do trabalho de um profissional massoterapeuta em quaisquer técnicas que realize. Isso por si só já demanda anos de especialização e estudo.
Fazer uma massagem não consiste exatamente em assistir a vídeos e reproduzir os mesmos movimentos.
Falamos de um dos mais conhecidos e eficazes meios de promoção da saúde.
Submeta-se você também a nossa certificação internacional de qualidade Naturopatía AZUL.
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