Se você tem certeza que o passado determina seu presente. Viva o presente, porque ele será o seu passado.
Vejamos de que forma os Sutras do Yoga podem ajudar:
Sutras são uma maior quantidade de ensinamentos num menor número de palavras.
Os sutras estão sempre conectados entre si. Existe uma ordem.
Alguns exemplos:
Yoga citta vrtti nirodha
Yoga é a inibição voluntária das modificações da mente.
Tada drastuh svaraupe vasthamam
Neste estado o praticante está estabelecido em sua própria natureza essencial e fundamental.
O mundo não é um problema para você e você não é um problema para o mundo. (yamas)
Você não é um problema para você mesmo (nyamas)
As normas, a princípio, não são tão complicadas:
Não violência
Falsidade
Roubo
Cobiça
A violência pode estar “na verdade” também. Na forma como você acha que uma verdade deve ser dita. Trazendo para atualidade, podemos falar no comportamento agressivo nas redes sociais, por exemplo.
A falsidade, pode estar na ação de um conhecimento roto, entregue de forma ambígua e comprometida.
Nyamas refere-se à pureza, contentamento, autoestudo e autoentrega constituem as observâncias.
Nossa postura deve ser estável e confortável. Vejam, podemos ampliar esse olhar para s postura diante da vida. Uma postura estável que me permita observar melhor e agir em consonância.
Pelo relaxamento do esforço e meditação no infinito (a postura é dominada). Novamente, essa reflexão é para além do momento da meditação em si.
O Yoga na Índia, apareceu como contra cultura. Numa Índia dividida por castas, o Yoga surge como igualdade. Onde todos são iguais.
O ser humano se diferencia dos demais seres por seu corpo e sua capacidade de pensar. É um processo diferente da razão. Razão é uma das faculdades humanas que estabelece comparações. Isto não é pensamento.
No caso da razão não é dado ao ser humano atingir a pureza. É quando a água pura não mata a sede.
Você pode estar no pensamento:
Mecânico: sem consciência
Orgânico: com consciência
Pensar é individualizar-se no interior de uma comunidade.
A consciência ocorre na percepção dos opostos. O mal e o bem, escuro e claro, dia e noite, riqueza e pobreza, paz e guerra.
A outra encruzilhada na qual existimos é aquela que surge do risco que separa dois mundos: o que está dentro de nós e o que está fora de nós.
Onde quer eu pise, piso sempre numa centena de caminhos. Quando escolho um, me apavoro porque deixo de escolher 99. Percebo que toda vez que penso estar chegando num porto seguro, me vejo de novo no mar. E a consciência vai se formando nas percepções (se elas acontecerem).
O fracasso inclusive contribui muito e pode estar na ideia de evolução. Às vezes andamos para trás e fazemos o caminho de volta para evoluir.
Importante lembrar que nós tomamos boas decisões com o trabalho. Muitos caminhos práticos se apresentam. São convidativos. Mas são desvios. “Dieta não se faz só em pegar a receita. Faz-se com trabalho árduo. As encruzilhadas vão se apresentando e geram a necessidade de DE-CISÃO.
Todas as outras necessidades são filhas desta: precisamos decidir, escolher.
Modos de descruzar:
Pensamento verbo
Então, você pode ser raja, bhakti, jnana, hatha ou karma yoga.
Tudo isso ocorre no tempo, um tecido invisível sobre o qual podemos bordar tudo, inclusive coisas invisíveis. O que é necessário é aquilo que não se ausenta. Povoa nossa alma, nosso corpo, como a fome, a sede, a morte. Não fosse assim, poderíamos evitá-lo.
Falamos de a atitude mental não estar desvinculada da atitude corporal.
Por exemplo, se queremos dormir, nosso corpo físico passa a se adequar posturalmente a essa necessidade. Em Filosofia, a atitude mental adequada é conquistada por meio da espiritualidade. E o exercício espiritual é o exercício da potencialização da nossa capacidade de observar, para agir melhor.
Em muitos casos pode significar tomar uma certa distância do acontecimento e observá-lo. Isto porque ao reino da ação, pertencem a educação, a saúde, o respeito, a humanização.
Pensemos na alegoria da caverna:
Estamos todos acorrentados numa caverna. Presos somente ao que nos é apresentado. Não conseguimos ampliar a percepção. Essas sombras, são produzidas por figuras humanas (nossa própria voz, a voz do outro). A ilusão é uma realidade parcial.
Um belo dia, alguém sai das cavernas (para Platão, isso é Sócrates). Quando sai da caverna, vê a luz no fim do túnel. Há uma outra realidade. Ao descobrir isso, ele volta pra caverna para avisar aos outros.
A alegoria nos diz: É preciso permitir e extrair de si mesmo, outras realidades.
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