Colab. Fernanda de Ornelas. Revisão técnica: Chris Buarque. Revisão geral: Claudia Lopes.
A gestação é um momento especial e único para a maioria das mulheres, assim como o parto e pós parto. Estes três períodos podem ser mais confortáveis com a ajuda das Práticas Integrativas Complementares. A gravidez, planejada ou não, traz às mulheres inúmeros desafios, que vão desde os aspectos físicos, emocionais como os sociais. Uma mulher grávida sempre ouve a máxima: “Gravidez não é doença.” A resposta poderia ser algo como, “ocupe meu lugar e você verá que apesar de não ser doença, é uma fase de completa revolução hormonal, física e mental”. E apesar de muitas pessoas, inclusive algumas mulheres desejarem que pareça que tudo siga de forma habitual, isto não o que realmente ocorre. Vale lembrar também dos desafios profissionais, quando muitas mulheres perdem competitividade ou são demitidas após o retorno da licença maternidade ou ainda são submetidas às jornadas e condições inadequadas de trabalho.
São muitas as alterações na rotina que requerem adaptações, como o peso da barriga, o aumento dos seios, maior vontade de urinar ou até incontinência. Falta de ar e incômodos para dormir, sentar, andar, principalmente no final da gravidez. Excesso ou falta de apetite. Náuseas. Sono irregular. Surgimento de manchas pelo corpo e no rosto. Problemas odontológicos. Dores nas mamas. Medos diversos: do parto, da dor, da anestesia, do hospital, do pós-parto, como será sua vida como mãe, se conseguirá manter o emprego entre outros. Baixa autoestima por não acreditar que será capaz de cuidar do bebê além de não se achar tão atraente fisicamente. Sensibilidade à flor da pele. Autoexigência com a necessidade de agradar o companheiro, à família, e ser a mãe, esposa e profissional perfeita.
Então, as gestantes esquecem de si mesmas, como indivíduo. Também durante o pós-parto, é muito comum mulheres desenvolverem depressão e outros distúrbios emocionais leves ou até mesmo mais graves. Além das dores físicas e também de algumas dificuldades para amamentar, o corpo da mulher pode voltar ao peso antes da gestação ou não. Quilos extras fazem parte da vida de uma grande maioria.
A Aromaterapia oferece meios eficazes para ajudar a amenizar ou desconfortos, também na gestação e pós-parto. Nestas fases, nem todos os óleos essenciais podem ser usados. É preciso orientação profissional de um profissional da Aromaterapia. O uso deste recurso pode ser muito eficaz para alívio de dores, controle emocional, equilíbrio mental, estímulos na recuperação pós-parto. No Reino Unido por exemplo, os óleos essenciais têm sido amplamente utilizados em hospitais por mais de 25 anos. Para dor e rachaduras nos mamilos, o óleo essencial Hortelã-Pimenta mostrou-se eficiente. O óleo essencial de Lavanda é, sem dúvida, um dos melhores para ser usado durante a gestação, no parto, no pós-parto e para o bebê (nos banhos). Massagens aromaterápicas com óleo essencial de Lavanda em mães após o parto tem efeito positivo (Imura et al 2006), por seus efeitos calmantes, relaxantes, cicatrizantes. Muito usado em casos de depressão pós-parto, inclusive. Também usado em banhos de assento para mães que sofreram a episiotomia.( Hur & Han 2004). De maneira geral, os óleos essenciais podem ser usados por inalação, pelo uso direto na pele diluídos em cremes neutros ou em óleos carreadores como óleo de semente de uva e óleo de gergelim.
A Terapia Floral também é muito eficaz no auxílio do equilíbrio emocional das mães. Naturais, sem fármacos na composição, podem ser usados sem qualquer restrição. Agem de forma sutil no emocional trazendo coragem, autoaceitação, fé, calma, clareza mental entre muitos outros benefícios. Um exemplo é a essência Crab Apple que ajuda a melhorar a confiança e aceitação da aparência física, assim como a essência Mimulus, que colabora trazendo coragem para enfrentar o parto e os procedimentos médicos. Ambas as essências pertencem ao Sistema de Florais de Bach. Para o correto consumo dos Florais é fundamental a orientação de profissional qualificado (a), devidamente certificado (a) e ou registrado (a) em instituições formadoras regulares e idôneas. Não basta a simples escolha aleatória da essência floral somente pela questão a ser trabalhada. Profissionais da Terapia Floral são treinados para interpretar as reais necessidades de cada pessoa que busca esta forma de tratamento.
Portanto, o respeito, a atenção, o amor e autocuidados são itens de primeira necessidade da mulher, nesta fase maravilhosa e desafiadora da vida.
Fonte de consulta : “Aromaterapia Clinica, Óleos Essenciais no cuidado da saúde” Jane Buckle, Ed. Laszlo, 2019
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