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Queimadas e câncer de pulmão



A pauta global do momento é a crise climática. É urgente e afeta a todos nós. Trata-se de um dos maiores problemas que a humanidade enfrenta neste momento.

Interfere na temperatura, na água potável, nos biomas, na transmissão acelerada de doenças e na nossa saúde física, mental e emocional.

 

As repercussões significativas já aparecem na saúde humana.

Atualmente existe uma crescente preocupação entre queimadas e a incidência de câncer de pulmão em diversas partes do mundo. Sejam florestais ou agrícolas, as queimadas liberam uma grande quantidade de poluentes atmosféricos, incluindo partículas finas (PM2.5 e PM10), monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, compostos orgânicos voláteis e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs). Esses poluentes têm efeitos adversos sobre a saúde humana, especialmente no sistema respiratório.


Principais pontos dessa relação:

Exposição a partículas finas (PM2.5): As partículas finas produzidas pelas queimadas são conhecidas por penetrar profundamente nos pulmões. A exposição prolongada a essas partículas está associada a um aumento do risco de doenças respiratórias, incluindo o câncer de pulmão. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), a poluição do ar, incluindo a exposição a PM2.5, é classificada como carcinogênica para os humanos.

Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs): As queimadas liberam uma série de compostos tóxicos, como os HAPs, que são conhecidos por terem propriedades carcinogênicas. Esses compostos podem se acumular nos pulmões ao longo do tempo, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer.

Regiões com alta incidência de queimadas: Em áreas como a Amazônia, África Central e Sudeste Asiático, onde as queimadas florestais são recorrentes, estudos apontam para um aumento nas taxas de doenças respiratórias crônicas, como asma e bronquite, além do câncer de pulmão, especialmente em populações vulneráveis.

Mudança climática e aumento das queimadas: O aquecimento global tem intensificado o número de incêndios florestais em várias regiões do mundo, como nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Isso resulta em um aumento da poluição do ar em níveis prejudiciais à saúde, o que pode potencialmente elevar as taxas de câncer de pulmão em áreas afetadas, mesmo em regiões distantes, já que a fumaça pode ser transportada por longas distâncias.

Efeitos em populações vulneráveis: Pessoas que já sofrem de condições respiratórias, idosos e crianças são particularmente vulneráveis à exposição à fumaça das queimadas, o que pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer ao longo do tempo.

A correlação entre queimadas e câncer de pulmão está em fase de contínua investigação, mas há um consenso crescente de que a exposição prolongada à fumaça e aos poluentes liberados durante queimadas contribui significativamente para o risco de câncer de pulmão, além de outras doenças respiratórias.

 

O especialista em câncer de pulmão, Igor Morbeck, alerta para inflamações agudas como bronquite e asma, associadas a fatores como inalação à fumaça e que a OMS (Organização Mundial da Saúde) já sugere o aumento de casos relacionados às mudanças ambientais até 2040.


A crise climática refere-se às alterações significativas no clima da Terra causadas, principalmente, pela emissão de gases de efeito estufa (GEE) resultantes de atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), desmatamento, agricultura intensiva e práticas industriais. Esses gases, como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), aprisionam o calor na atmosfera, resultando em:

Aumento da temperatura global (aquecimento global);

Mudanças nos padrões climáticos, levando a eventos extremos como ondas de calor, secas, inundações e furacões mais intensos;

Elevação do nível do mar, ameaçando áreas costeiras;

Perda de biodiversidade, com o desaparecimento de habitats naturais.


O Papel dos governos

Os governos têm a responsabilidade central de liderar os esforços para mitigar a crise climática, criando políticas eficazes e sustentáveis. Isso inclui:

Acordos internacionais: Governos devem colaborar em pactos globais como o Acordo de Paris, onde países se comprometem a reduzir suas emissões de GEE para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Políticas ambientais nacionais: Cada país precisa implementar legislações que promovam a energia limpa, protejam florestas e biomas, e incentivem a transição para uma economia de baixo carbono.

Exemplos: investimento em energias renováveis (solar, eólica), regulamentação das indústrias de carbono e iniciativas de reflorestamento.

Regulação das emissões: Políticas que limitem as emissões de poluentes industriais, especialmente em setores como transporte, agricultura e manufatura, são fundamentais.

Educação e sensibilização: Promover a educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância da preservação e adoção de práticas sustentáveis.


A Responsabilidade social corporativa

As empresas também desempenham um papel crucial na crise climática. A responsabilidade social corporativa (RSC) exige que as corporações:

Reduzam sua pegada de carbono: Adotar práticas mais sustentáveis em suas operações, como a eficiência energética, o uso de energias renováveis e a diminuição de desperdícios.

Transparência: Relatar publicamente as emissões de carbono e metas de sustentabilidade, como a neutralidade de carbono.

Influência nas cadeias de fornecimento: Empresas podem exigir que seus fornecedores adotem práticas mais sustentáveis e reduzam suas emissões, seja sua empresa micro, pequena, média ou grande.

Além disso, empresas com uma grande presença global podem influenciar políticas governamentais, promover iniciativas que envolvam a comunidade e atuar como um exemplo positivo para outras corporações.


A Responsabilidade de cada indivíduo

Você também tem um papel importante na mitigação da crise climática. A mudança de comportamentos cotidianos pode ter um impacto coletivo substancial. Entre as ações possíveis estão:

Redução do consumo de energia: Utilizar energia de forma eficiente, investir em fontes renováveis para suas residências e preferir meios de transporte com menor pegada de carbono, como bicicletas ou transporte público.

Consumo consciente: Optar por produtos de empresas que adotam práticas sustentáveis, evitar o desperdício de alimentos e reduzir o uso de plásticos descartáveis.

Alimentação sustentável: Dietas baseadas em vegetais ou com menos consumo de carne podem ajudar a reduzir emissões, já que a pecuária é uma grande fonte de GEE.

Engajamento cívico: Participar de ações comunitárias e cobrar de seus representantes políticas climáticas fortes.

Educação e sensibilização: Propagar informações sobre as mudanças climáticas e conscientizar as pessoas ao seu redor sobre a importância das ações individuais e coletivas.


O Papel da Sociedade

A sociedade, como um todo, deve colaborar na transição para um futuro sustentável. Isso inclui:

Movimentos sociais e ONGs: Organizações da sociedade civil desempenham um papel vital em pressionar governos e empresas a adotar práticas mais sustentáveis e em educar o público sobre a crise climática.

Parcerias globais e comunitárias: Organizações internacionais e locais podem trabalhar juntas para promover soluções e compartilhar tecnologias que ajudem a enfrentar a crise.


Todos estão sendo impactados com a crise climática atual. Ela não é do governo, não é da sociedade, não é da cidade vizinha ou do país vizinho. É a crise mundial global climática. Suas ações podem somar positiva ou negativamente.

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Corpo de Bombeiros: 193

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