
Ponto G é um termo criado sem evidência científica e que gera frustrações às mulheres que não conseguiram associá-lo como fonte de prazer. Não são poucos os médicos que fazem críticas às expectativas atribuídas aos mitos divulgados em torno da sexualidade feminina. Uma pesquisa feita na Universidade de Indiana (EUA) revelou que 91% dos homens tiveram orgasmo durante sua última relação sexual, em comparação com 64% das mulheres. O número diminui se falarmos sobre a primeira vez que fizeram sexo: 55% dos homens conseguiram, contra apenas 4% das mulheres.
Aqui há um aspecto importante:
O gozo feminino tem culpa, controle e condenação. Os especialistas concordam que o orgasmo favorece a gravidez, ao contrair os músculos da vagina e facilitar o encontro do esperma com o óvulo. No passado, o único objetivo da relação sexual era a procriação. Historicamente o gozo feminino se tornou um tabu e algo secundário.
A anorgasmia feminina é o problema sexual mais comum nas mulheres. Segundo as estatísticas, uma em cada três mulheres tem dificuldade para chegar ao orgasmo ou nunca o sentiu. Villadangos
Um estudo conduzido com jovens heterossexuais de 19 anos e publicado no Journal of Sex Research revelou que havia grande dificuldade entre as meninas. Elas reconheceram que era muito raro discutir qualquer tópico relacionado ao orgasmo com seus parceiros. Essa falta de comunicação pode fazer perdurar as dificuldades sexuais ao longo do tempo.

O estudo revelou que as mulheres jovens estavam mais preocupadas em não atingir o orgasmo de seus parceiros do que de si mesmas. No caso dos meninos, a maioria se sentia responsável por as meninas não chegarem a esse ponto de prazer.
Especialistas advertem sobre não relacionar orgasmo à parceira ou parceiro.
“Conhecer seu corpo antes. A sexualidade é sua. É sua a responsabilidade e você compartilha com quem quiser e quando quiser. Tudo o que é autoconhecimento vai melhorar a interação com o outro ”. Francisca Molero.
O que ocorre no cérebro:
Ressonâncias magnéticas, mapearam as respostas à auto estimulação do clitóris, vagina, colo do útero e mamilo de 11 mulheres entre 23 e 56 anos. A estimulação de cada zona ativou locais específicos do córtex sensorial. “Nas regiões do cérebro que estão ativas durante o orgasmo em mulheres e homens, as semelhanças são maiores do que as diferenças”. Komisaruk, professor de psicologia da Rutgers University. (Estados Unidos )
Essa afirmação é contestada por sexólogos como Vicenzo Puppo. Relações sexuais onde a premissa é a penetração vaginal provém de uma mente fálica. Segundo Vicenzo, o orgasmo feminino é possível em todas as mulheres, sempre com estimulação efetiva do clitóris durante a masturbação individual ou de casal, cunilíngua, e também durante a penetração vaginal, simplesmente estimulando o clitóris com o dedo.
Com todas as crenças e valores sociais, onde está a sexualidade da mulher?
As meninas descobrem sua genitalidade de 3 maneiras, de acordo com Sanz (1999): de forma espontânea, por meio de jogos e de masturbação consciente. Passando por essas etapas, as mulheres estão dando erotização e assimilação de seus órgãos genitais e integrando sensações agradáveis à região.
O comportamento social feminino é conduzido à exteriorização: Como atrair, como ser reconhecida. Ocorre desde a infância com vestidos, penteados e adornos. Tudo para buscar aceitação social. Os elogios são: parece uma princesa. Linda como uma boneca. O erotismo feminino é social e o o masculino é genital. Tudo isso leva a percepções corporais de maneiras exponencialmente distintas. O erotismo feminino é tão global que mesmo “a preparação da casa é parte integrante do ato de atrair e seduzir” (Alberoni 2006: 42).
Para compreender, viver e desfrutar de uma sexualidade plena, é importante que a mulher compreenda e assuma que o prazer não é concedido por ninguém. O prazer é pessoal e pode ser compartilhado com quem ela quiser. Reconhecer o prazer requer autoconsciência, disponibilidade e autodeterminação.
Na saúde integrativa, o autoconhecimento corporal gera um mapeamento único para o prazer, manifestado de forma diferente em cada mulher.
Técnicas naturopáticas não resolvem ou corrigem dificuldades. Colaboram para o relaxamento e ampliam percepções sensoriais.
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