top of page

A síndrome do ninho vazio e a Naturopatia


Por Fernanda de Ornelas. Revisão técnica: Chris Buarque. Revisão geral: Claudia Lopes

Quando um filho ou filha deixa o lar para estudar em outras cidades, países, para casar ou ter uma vida independente, algumas transformações podem acontecer no núcleo familiar de origem.

Segundo pesquisa de R. Oliver (Oliver R. The “empty nest syndrome” as a focus of depression: a cognitive treatment model, based on rational emotive therapy. Journal Psychotherapy Theory, Research, Practice, Training. 1977;14(1):87-94.), a depressão em muitas mulheres maduras e a “síndrome do ninho vazio” estariam fortemente ligadas. A sensação de “perda” e solidão atinge principalmente as mães que se dedicaram exclusivamente à maternidade. A perda da rotina, conversas e cuidados com seus filhos podem deixar um profundo vazio desestabilizando o emocional e consequentemente o físico e o mental destas mulheres. Em torno dos 40, 50 anos de vida, a mulher passa por grandes mudanças pessoais com os primeiros sinais de envelhecimento. O estresse físico e emocional da menopausa e climatério, as transições profissionais como aposentadoria ou a ansiedade de uma nova carreira, possíveis separações conjugais e a saída dos filhos para vidas independentes.

São descritos alguns dos principais sintomas da síndrome do ninho vazio:

– Tristeza frequente

– Depressão

– Melancolia e saudosismo

– Raiva

– Distúrbios do sono

– Distúrbios alimentares

– Diminuição significativa da Libido e do desejo de viver

– Prostração e desinteresse pela própria vida

É muito importante que os pais, em especial as mães, desde cedo tenham em mente o quanto é saudável que os filhos trilhem seus próprios caminhos. Incentivar a autonomia dos filhos é uma prova de amor dos pais. Autocuidados e projetos de vida com interesses diversos precisam fazer parte da vida dos pais para que possam lidar melhor o novo ciclo. Esta transição é uma boa oportunidade para fortalecer ou resgatar o amor e a cumplicidade entre o casal além de colaborar para o diminuir o vazio deixado. As Práticas Integrativas Complementares da saúde podem ajudar a amenizar diversos sintomas desta síndrome, pelos processos terapêuticos e autoconhecimento. No que se refere a sentimentos como tristeza, solidão, raiva, apego, nostalgia e outros, a terapia floral é importante ferramenta para o equilíbrio das emoções que também afetam o corpo físico.

Dr. Edward Bach, criador do sistema floral que leva o seu nome, foi um médico inglês Infectologista especializado também em saúde pública e imunologia, que se sentia insatisfeito com o fato de a medicina convencional focar nas doenças ao invés de focar no ser humano em sua totalidade. Ele sonhava com uma medicina holística. Assim, desenvolveu 38 essências que correspondiam a personalidades do ser humano.

Em suas inúmeras combinações, as essências florais podem tratar das mais diversas questões, como:

– Impaciência e intolerância

– Preocupação com o outro. Aliviam nostalgias persistentes

– Auxiliam na busca de caminhos e propósitos

– Melhoram autoestima, ajudam a promover a autonomia

– Ajudam a tratar traumas, perdas e luto

– Colaboram no tratamento de medos conhecidos ou desconhecidos

– Amenizam pensamentos repetitivos que geram insônia

– Aliviam culpas e trabalham desapego e preocupações

– Tratam a raiva e medos trazendo a pessoa para o presente momento

Portanto, por promoverem um equilíbrio integrado, podem ser de grande ajuda no tratamento da síndrome do ninho vazio, como suporte aos pais nestes momentos onde cada um precisa encontrar o equilíbrio e se adaptar ao novo momento de uma forma mais leve e plena. As Práticas Integrativas são complementares não substituem tratamentos médicos convencionais quando estes se fazem necessários.

bottom of page