O estigma que acompanha a Cannabis traz o viés social da delinquência, fracasso moral e crime.
Por isso a gente combate a desinformação com educação pública.
Escolhemos o tema saúde e as urgências clínicas envolvendo o CBD (Canabidiol) e o THC (Tetrahidrocanabinol), pelo perfil de nosso trabalho e demanda social.
A diferença fundamental entre a cannabis medicinal e a maconha recreativa está no propósito de uso, na composição química dos produtos e no controle de qualidade envolvido.
A Cannabis medicinal pode ser usada para tratar condições de saúde específicas, como epilepsias refratárias, dores crônicas, transtornos de ansiedade, e sintomas de doenças como Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla. A prescrição é feita por médicos, com base em evidências científicas e critérios rigorosos.
A maconha recreativa é usada para fins não medicinais, principalmente para alterar o estado de consciência, proporcionando efeitos como relaxamento, euforia ou distorção sensorial.
Nem tudo é festa. Até Ácido acetilsalisílico tem colaterais.
O que é importante refletir é que a sociedade é algo “para além do nosso umbigo”.
As necessidades atuais são as mais diversas e os fitoquímicos isolados padronizados presentes na planta têm ação terapêutica na redução de convulsões, inflamações e dores.
A população precisa ler mais e saber sobre as condições aprovadas para tratamento, as limitações científicas e os efeitos adversos potenciais. Chamamos de transparência nos riscos e benefícios.
Maconha recreativa é uma escolha pessoal. Um “estilo de vida”. Geralmente contém altos níveis de THC (responsável pelos efeitos psicoativos). O equilíbrio entre CBD e THC não é uma preocupação no cultivo para fins recreativos e o foco está em intensificar os efeitos desejados.
Quando o assunto é saúde, redução de sofrimentos e mais qualidade de vida, é preciso ajustar a visão panorâmica.
Cannabis Medicinal produzida sob condições rigorosas de controle de qualidade, regulamentadas por agências como a Anvisa no Brasil, faz com que os medicamentos passem por testes para garantir pureza, consistência e ausência de contaminantes.
As diretrizes atuais para o uso de CBD (canabidiol) no Brasil envolvem regulamentações específicas para fins medicinais, com avanços recentes em várias frentes legislativas e médicas, como o uso medicinal no SUS.
No estado de São Paulo, um protocolo clínico foi aprovado em 2024 para prescrição de CBD e THC em casos de epilepsias refratárias associadas a síndromes como Dravet, Lennox-Gastaut e o complexo de esclerose tuberosa. A distribuição ocorre por meio de farmácias de alto custo, com critérios rígidos, incluindo monitoramento semestral da eficácia do tratamento.
O cultivo doméstico foi descriminalizado pelo STF em 2024, permitindo que pacientes cultivem a planta com autorização judicial e prescrição médica. No entanto, o fornecimento ainda depende majoritariamente de produtos importados ou adquiridos por via judicial.
É necessário continuar o debate com esforços para ampliar o acesso, especialmente para doenças complexas, buscar parcerias acadêmicas e investir em estudos de alta qualidade, bem como incluir debates sobre a ética no uso da Cannabis, incluir conteúdos sobre cannabis medicinal nos currículos de saúde e promover cursos de atualização profissionais da saúde das mais diversas áreas.
O acesso seguro deve permitir a aquisição de medicamentos à base de cannabis por meio de políticas públicas, evitando judicialização excessiva, mas mantendo critérios rigorosos para prescrição. Quanto mais informação, mais evita-se inclusive o comércio vicioso e perigoso do tráfico paralelo.
Consulte-nos para saber sobre um profissional de referência na Naturopatia e Saúde Integrativa em sua cidade.
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