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Crimes à Amazônia. “Não foi o clima seco”.


Pesquisa conduzida por grupos do Inpe, Cemaden e da UFMA

Em média, 32% das áreas queimadas anualmente no bioma foram em terras agrícolas (dominadas por pastagens), seguidas por campos naturais (29%) e áreas de florestas maduras (16%). Ao avaliar o desmatamento e as anomalias de déficit hídrico, o primeiro fator contribuiu mais do que o segundo para os incêndios no período analisado. Além disso, ao inovar e ampliar o escopo de análise para as regiões amazônicas dos nove países com a floresta em seus territórios, o trabalho mostrou que Brasil e Bolívia responderam juntos pela maior parte das detecções anuais de focos de fogo no período. Isso representa, no caso brasileiro, em média, mais da metade das áreas queimadas anualmente na Amazônia e, em terras bolivianas, cerca de um terço.

O estudo contou com a participação de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O artigo é parte de uma edição especial da revista científica Global Ecology and Biogeography que visa discutir a crescente ameaça de incêndios florestais no mundo.

Atualmente, o Brasil voltou a ter um elevado número de queimadas na Amazônia – o acumulado dos nove primeiros meses deste ano, especialmente em agosto e setembro, foi o pior desde 2010, quando ocorreram 102.409 focos, de acordo com dados do Programa Queimadas, do Inpe. Simultaneamente, a partir de 2019, as taxas de desmatamento no bioma têm atingido os maiores patamares desde 2009, excedendo anualmente 10 mil km² de florestas desmatadas. A tendência vem se mantendo neste ano de acordo com os alertas do sistema DETER. (Agência FAPESP)

O bioma amazônico guarda a maior floresta contígua, fundamental para a preservação da vida na luta contra as alterações climáticas. Reserva biológica e cultural com mais de 500 nacionalidades e grupos indígenas. E mais: Contém quase 1/3 de todas as florestas tropicais deixadas na Terra. Abriga 10% de todas as espécies de vida conhecidas– e inúmeras ainda não descobertas. A cada três dias uma nova espécie animal é descoberta na Amazônia. Trata-se de uma floresta tropical geradora de água, alimento e remédios. Participa na estabilidade do clima. Cerca de 76 bilhões de toneladas de carbono são armazenadas na floresta amazônica. As árvores na Amazônia também liberam 20 bilhões de toneladas de água na atmosfera por dia, desempenhando um papel crítico nos ciclos globais e regionais de carbono e água.

A floresta vem sendo sitiada como nunca

O desmatamento e as queimadas voltam a aumentar, e as áreas protegidas e as terras indígenas enfrentam ameaças crescentes. A floresta precisa de nossa ajuda mais do que nunca. Não podemos enfrentar a crise climática sem o papel vital de sustentação da vida da Amazônia. A Floresta é nossa. Vem sendo destruída em larga escala por falta de fiscalização, extração criminosa de madeira e mineração.

Você sabia que a Amazônia tem mais espécies de primatas do que qualquer outro lugar da Terra? E que você pode encontrar mais tipos de formigas em uma árvore na Amazônia do que em alguns países inteiros? Entenda que quando o ser humano ameaça a natureza, determina o fim de sua própria espécie. Pense naqueles que você ama e cobre as políticas públicas ambientais.

Vereadores, Deputados, Prefeitos, Governadores e Presidente. São funcionários contratados por você, para fazer a gestão do bem comum.

  
 
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