Podemos dizer que não há nada de novo na compostagem de resíduos orgânicos, além de ter conquistado mais adeptos. São pessoas dispostas a colaborar com a natureza e com a própria saúde. Desde sempre utilizada na agricultura doméstica, basicamente consiste em empilhar esterco, colher resíduos domésticos vegetais e usar tudo isso como biofertilizante.
O acesso ficou mais fácil, mesmo para quem mora em apartamentos, ou casas sem jardins com terra, com a fabricação e comercialização de recipientes especiais para a compostagem.
Ainda há muito a ser feito, segundo Chris Buarque, diretora científica da Comunidade brasileira de Naturopatia. “O número de pessoas que ainda não recicla, é infinitamente maior do que aqueles que o fazem, mas não podemos desistir”.
A transição urgente para o desenvolvimento sustentável já é uma realidade, muito embora haja um olhar displicente e irresponsável da maior parte dos governantes brasileiros. Mas ainda assim não há justificativa para que o cidadão brasileiro não colabore.
A reciclagem de forma geral, reduz o volume de lixo nas ruas e rios. Como consequência, temos águas, solo e cidades mais limpas. Ou seja, é interesse nosso!
Num sentido mais amplo, a compostagem de resíduos orgânicos pode trazer fertilidade a solos áridos e recuperar o plantio, em áreas com grande escassez de alimentos.
Hortas pedagógicas podem ser construídas. Há muitos espaços inutilizados numa cidade. Mas é preciso o olhar e ação de uma população.
Nunca pensar em quem não faz o que deve ser feito. Fazer você mesmo para o bem comum.
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Hoje você consegue comprar composteiras domésticas até em casas de jardinagem.
Matéria orgânica que pode ser usada:
Cascas de frutas, verduras, legumes, cascas de ovos, ervas que foram usadas para o chá, pó de café usado, cascas de cebola, cascas de alho.
O que nunca deve ser usado:
Carnes de qualquer tipo, sobras de óleos ou gorduras e alimentos cozidos.
O que deve ser controlado:
Excesso de cascas de frutos ácidos: abacaxi, laranja, limão etc., Excesso de alimentos que fermentam: cascas de batatas, de cebola e de alho.
As composteiras contém micro furos para permitir drenagem e é comum que venham com um pouco de terra com minhocas. Essa será a primeira camada colocada, seguida dos resíduos orgânicos, que devem ser sempre cobertos com serragem. A serragem usada não deve ser na forma de pó. Usamos a serragem mais rústica em lascas.
O controle de vetores como mosquitos, pode ser feito pulverizando óleo essencial de citronela ou óleo de neem. Ambos, utilizados com pulverizador. A caixa da composteira deve ser mantida sempre fechada, para evitar moscas e outros insetos.
O ambiente interno da composteira precisa ser controlado:
Cascas de vegetais em tamanho grande geram decomposição mais lenta.
Excesso de umidade gera camadas de mofo.
Falta de umidade, gera descomposição mais lenta.
No inverno a decomposição é mais lenta.
No verão, é mais acelerada.
De tempos em tempos, mexa todo o conteúdo para facilitar o processo.
Quando tudo estiver decomposto, coloque a caixa aberta sob o sol forte. As minhocas migrarão para o fundo, e todo o material da parte superior já decomposto, poderá ser usado como adubo.
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