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Dormir bem para viver melhor


Dormir é vital para o ser humano. Durante a noite, quando dormimos, os tecidos do corpo são reparados, órgãos descansam e outros finalizam ciclos para eliminar toxinas. O cérebro processa acontecimentos do dia que terminou, consolidando a memória.

Uma noite mal dormida tem efeito similar a uma leve embriaguez. A coordenação motora e a capacidade de raciocínio são prejudicadas, fica reduzida a capacidade de funcionamento dos neurônios, causando lapsos cognitivos o que prejudica a forma como percebemos e reagimos ao que acontece ao nosso redor, segundo Itzhak Fried, um dos pesquisadores da Medical News Today.

As disfunções do sono não se resumem à insônia, mas também ao excesso de sono como a narcolepsia, a apneia, o sonambulismo, o bruxismo e o PLM (movimento periódico das pernas). Segundo neurologistas do Instituto do Sono em São Paulo, a insônia pode ser um sinal de transtorno depressivo.

A restrição de sono ainda leva a uma menor perda de peso em adultos, estando associada também, a maior consumo calórico e menor consumo de fibras.

No sono profundo ocorre a "limpeza do cérebro" incluindo a eliminação de uma proteína conhecida como beta-amilóide, associada ao Alzheimer. Sem quantidade suficiente de sono esta atividade falha, elevando risco de desenvolver a doença com o passar o tempo.

O processo do sono, assim como todo nosso corpo é programado por um relógio biológico num ciclo de 24 horas. Há mais de 5.000 anos, a medicina ancestral indiana, Ayurveda e também a Medicina Tradicional Chinesa já entendiam que o corpo humano segue ritmo de 24 horas e que começa todas as manhãs quando percebemos a luz do dia. Ao longo do dia o corpo se organiza e se movimenta de diversas formas, respeitando o ritmo biológico.

De acordo com este relógio (biológico - cósmico) existe um ritmo, também chamado ritmo circadiano que indica quando devemos comer, o horário de maior produtividade, qual o melhor momento do dia para nos exercitarmos e como regular o organismo: pressão arterial, metabolismo, produção de hormônios e a troca de células.

Por volta das 21h o cérebro começa a liberar melatonina, hormônio produzido no cérebro pela glândula pineal. É um importante aviso ao organismo para que este comece o preparo para a noite de sono e a velocidade de digestão é reduzida o que significa que neste período, alimentar-se provocará sono irregular já que os órgãos que deveriam entrar em processo de descanso ou limpeza após término do dia, irão manter-se funcionando até mesmo em sobrecarga.


Refeições após às 22hs., não são recomendadas.  A digestão a partir deste horário é lenta e todo sistema digestório irá precisar de mais energia para digerir os alimentos. Automaticamente o corpo buscará energia de outras formas e o sono já estará prejudicado, o que irá gerar para o organismo todo um trabalho extra e com consequências no dia seguinte como sonolência, compulsão alimentar, ganho de peso, letargia, mau humor, raciocínio lento, memória fraca.

A atividade física melhora o sono, mas noites mal dormidas diminuem a vontade de se exercitar. É preciso que este ciclo vicioso seja interrompido e mudar hábitos arraigados, por anos é um desafio possível com pequenas e gradativas mudanças diárias.

Não há compensação de sono. Ou seja, descontar a falta de sono durante a semana dormindo horas a fio no final de semana não irá alterar os prejuízos já somados.

É preciso investigar as causas geradoras na vida desta pessoa no que diz respeito ao seu nível de satisfação, estresse, preocupações, medos e prazer em viver. O estilo de vida deve sempre prezar pela harmonia.

O despertar, pela manhã, já é um indício de como será o dia e como o mesmo terminará. As escolhas feitas contribuirão ou não para o bom sono: beber água adequadamente e não somente quando o corpo sentir sede, exercícios físicos respeitando o ritmo e o relógio biológico, refeições nutritivas ao invés de consumo de comida industrializada e nos horários mais favoráveis de acordo com suas necessidades.

Dificuldade para dormir, sono interrompido por ansiedades, preocupações e medos podem ter inúmeras questões emocionais enrustidas além de outras desordens físicas desencadeadas pelo desarranjo energético do corpo.


Algumas indicações terapêuticas coadjuvantes para um sono melhor:

A Terapia Floral é excelente ferramenta de autoconhecimento que auxilia as pessoas de forma natural e sem contraindicações, a equilibrar as emoções. São essências vibracionais de flores que vão agir na origem da causa. Assim, para a pessoa que sente medo, por exemplo, existem essências florais que irão ativar a coragem. O mesmo com a ansiedade, hoje considerada uma pandemia mundial, buscando suas causas que podem vir de medos, culpas, preocupações, pensamentos repetitivos ou luto. Ao tratar as causas, parte dos sintomas são eliminados.

Os óleos essenciais, na Aromaterapia , são muito eficazes para ajudar também no relaxamento físico e psíquico. Os cheiros são um referencial de orientação do ser humano tendo poderosa influência na nossa natureza emocional, agindo no nosso subconsciente. O comando é enviado de forma direta para o cérebro pelos nervos olfativos.

O óleo essencial de Lavanda (Lavandula angustifolia ) é muito eficaz para ser usado em situações de estresse, dores de cabeça, para tranquilizar e acalmar as emoções e até no combate a gripes e resfriados . Inalar de 2 a 3 gotas de óleo essencial de Lavanda em algodão embebido ou usar diretamente na pele, à noite, antes de dormir pode promover tranquilidade e melhor sono por ter propriedades ansiolíticas.

Outra técnica como a Meditação é também muito eficaz e se praticada de forma constante, permite conduzir a mente ao estado de calma e relaxamento por métodos que envolvem postura, foco e que trazem paz interior, redução do estresse, ansiedade e insônia.

Respirar profundamente e de forma consciente várias vezes ao dia já é um ótimo início. O corpo precisa de Oxigênio e o cérebro tem suas funções maximizadas com mais oxigênio. Meditar é simples e barato.

Acrescentar, na rotina, infusões de ervas como Melissa officinalis (Melissa), Maracujá (Passiflora edulis), Camomila (Matricaria camomilla ). Elas irão promover bem-estar e tranquilidade para ajudar o bom sono. O consumo a partir do final da tarde ajudará a relaxar. Tinturas destas ervas também são muito eficazes, mas é necessária a indicação profissional.

O equilíbrio dos pensamentos, a escuta e atenção aos sinais do organismo podem transformar vidas. É preciso observar e ouvir o corpo e as emoções nele contidas.


“Conhece-te a ti mesmo”. Esta citação do filósofo Sócrates é o começo de toda a sabedoria.


Importante: O uso de óleos essências não dispensa cuidados médicos e não substitui tratamentos medicamentosos. São complementares.

É sempre indicado consultar profissional antes do uso e também a análise do estado geral e contexto de cada um é o mais eficiente para se ter sucesso.


Texto de Fernanda Ornelas. Fernanda é Naturopata e membro da Comunidade Brasileira de Naturopatia.

Revisão técnica: Chris Buarque

Revisão geral: Claudia Lopes


Fontes de referências:


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