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Naturopatia e Yoga: o conhecimento

Os sutras no Yoga, são como com um código de conduta para o estudo e prática. São os antigos textos fundamentais do Yoga, escritos pelo sábio Patañjali no século III aC. São como um caminho.O Yoga faz parte do sistema filosófico e da medicina indiana, sendo a medicina indiana um dos pilares da Naturopatia.

Vamos falar do conhecimento incorreto ou ilusão (viparyaya), capítulo 1.

É falso o conhecimento, quando uma coisa é percebida como algo diferente do que realmente é. Fantasia ou imaginação (vikalpa) é um padrão de pensamento que pode ser conhecido e expresso verbalmente, mas que não tem existência como objeto ou realidade. Sono sem sonhos (nidra) é o padrão de pensamento sutil cujo objeto é inatividade, vazio, ausência ou negação dos outros padrões de pensamento (vrittis). A lembrança ou memória (smriti) é uma modificação mental causada pela reprodução impressão interna de um objeto, sem adicionar quaisquer outras características de outras fontes.

Em geral o entendimento frequentemente está dentro do círculo interno (zona de conforto). Quanto mais rapidamente pudermos pensar que estamos corretos melhor será como abordagem de validação para o aprendizado. A atenção está normalmente voltada para confirmar as informações que já conhecemos, ao invés de modificá-las, onde haveria uma possibilidade de expansão desse mesmo conhecimento.

Para aprender, devemos modificar e não validar nosso entendimento atual. O conhecimento muda. Novos estudos levam a novas descobertas. Isso é desafiador porque a mente gosta do nosso entendimento atual. Porque? Para nos trazer conforto e estabilidade. É o nosso entendimento atual o que está dentro da zona de conforto. Sair desse patamar implica algum tipo de stress e necessidade de esforço e mudança.

Muitas vezes dizemos: “use a lógica!”

Os componentes da lógica, segundo Aristóteles são: “o raciocínio, a proposição e o termo, e também o raciocínio dedutivo e o raciocínio indutivo”. Como definição temos que a lógica, de uma forma muito geral, é “uma cadeia necessária ou razoável de coisas, fatos ou ideias”, baseada em um pensamento da razão humana acerca de atos e consequências.

As técnicas de cada especialidade, como ocorre na Naturopatia e demais ciências, levam a uma cadeia de lógicas para a atuação. Se uma ação sempre gera um resultado X. Repetidas ações da mesma forma, levam sempre ao mesmo x. Para gerar 2x, será preciso agregar alguma característica. Algo parecido acontece com a mente ordinária. O cérebro funciona de acordo com um ato realizado anteriormente e espera um resultado semelhante ou lógico que facilite o pensamento rápido. A repetição gera então uma garantia de que o resultado será sempre o mesmo. Estabelece-se uma lógica sobre a prática em si.

Padronização e condições de reprodutibilidade são aspectos importantes por exemplo, com relação: à implementação de medidas de biossegurança; Microbiologia; qualidade do atendimento; medidas de segurança na eletroterapia. Quando chegamos à natureza da Bio informação que irá definir o direcionamento de um tratamento clínico, a partir daí começa então a linha da personalização.

Se o talento natural existe, ainda assim será preciso tornar-se habilidoso no esforço permanente. Ter o estudo que permita o entendimento daquilo que deve ser padronizado para dar a segurança sobre tudo o mais que será permeado por variáveis.

Muitas vezes, quando falamos sobre a ligação entre a Naturopatia e a medicina indiana, pensa-se no âmbito do Ayurveda. Mas a relação não se baseia tão somente nessa área.

Então, finalizamos deixando como sugestão para aprofundamento e estabelecendo a relação de conhecimento entre o primeiro dos oito passos do Yoga, os cinco yamas ou normas de auto regulação ou restrição, com o primeiro princípio fundamental da Naturopatia: Não gerar danos.

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