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Não alinhamos chakras


Passados mais de 40 anos de um tempo mais recente da História e prática das terapias integrativas no Brasil, ainda nos deparamos com a propagação de conhecimentos confusos e que em nada ajudam na imagem e no trabalho de um profissional da saúde holística integrativa.

Para citar um exemplo:

“Na autocura trabalhamos os chakras.”

Correção: Na autocura trabalhamos corpos sutis. Só o trabalho espiritual, realizado pelo “doente”, através de meditação, prece e desenvolvimento da inteligência emocional e espiritual é capaz de promover alinhamento dos chakras.


Já abordamos esse tema por aqui. E houve muitas argumentações inflamadas sem profundidade, mantendo a repetição de fala de professores em salas de aula, que replicam há tempos a mesma desinformação.

A descoberta dos chakras, vem dos Vedas, escrituras do Hinduísmo.

Os Vedas formam um conjunto de textos religiosos e filosóficos sagrados. Todos esses textos compõem a base da tradução religiosa da Índia em um compilado de tratados, hinos, rituais e poesias.

Há ainda os textos associados, como é o caso das Upanishads. Conteúdo filosófico que explora a metafísica e a relação do EU com o divino. Estes, mencionam os chakras como centros de energia que estão associados à espiritualidade e ao despertar espiritual.

O Tantra, conjunto de filosofias e práticas que surgiu entre o século V e XI na índia, trata os Chakras como parte integrante do caminho espiritual.

Um profissional da saúde holística integrativa, especialmente da Naturopatia, que conheça as bases dessa ciência, sabe que o estudo dos Vedas leva um período mínimo de 10 anos, considerando que durante todo esse tempo, o indivíduo tenha participado ativamente de grupos de estudo, pelo fato de ser uma Filosofia que requer uma ampla interpretação e compreensão.



Uma estrutura atômica tem um comportamento biológico no corpo físico, diferente de um comportamento energético no corpo sutil.

Estruturalmente, o chakra tem uma força primária que move seus raios para fora. Uma força secundária que move seus raios de forma rotativa e uma força vital do logos solar que suga a partir de uma dimensão astral e que fazem a distribuição de uma potente energia vital para o funcionamento do corpo.

Quando ativamos certos chakras, o intuito é promover uma maior passagem dessa energia.

Isto feito por profissionais com estudo raso sobre os chakras, pode deixar uma pessoa em piores condições do que quando chegou ao tratamento. A referência de sentir-se melhor, diz respeito a um bem-estar passageiro e não propriamente à saúde. Os chakras são um meio de passagem da energia de um campo astral para um campo físico.


Vamos a uma situação prática:

Quando tenta-se fazer a mobilização desse fluxo de energia é preciso considerar que o fluxo energético nem sempre é benéfico àquela pessoa. Tanto em qualidade como em quantidade. Não se mobilizam apenas as chamadas “energias positivas”. Ao mesmo tempo, um corpo sem vitalidade, ao receber um fluxo de energia muito intenso, pode estafar e estagnar.

Existem os chakras transpessoais que estão no corpo áurico. Fora do corpo físico. E ainda existe um cordão fluídico como um elo de ligação entre o corpo físico e o astral.

Preocupa-nos que cada vez mais haja uma propagação de cursos de graduação e pós-graduação, inclusive mestrado, sem sequer ter havido a regulamentação da profissão no Brasil, bem como a continuidade de uma visão limítrofe e estigmatizada sobre como promover “ a venda” de serviços esotéricos como se fizessem parte do escopo da Naturopatia.

Ao falarmos em chakras, falamos de nutrição energética.

Quando os chakras são considerados apenas como ondas de energia, com cores específicas e nomes em sânscrito e que podemos usar pedras sobre suas áreas ao longo da coluna e alinhá-los reduzimos sua importância ao mesmo grau comparativo daquele que se diz especialista em Ayurveda, por saber quais são os doshas.


Neste mês de janeiro, onde trabalhamos a conscientização em torno da saúde mental, o compromisso da Comunidade Brasileira de Naturopatia é pela real educação, como forma sobretudo de evitar danos à saúde de terceiros.


Participe de nossas atividades e grupos de estudo. Torne-se um membro da Comunidade Brasileira de Naturopatia e um profissional da saúde integrativa com senso crítico e responsabilidade clínica terapêutica.

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