A valorização do natural dá maior credibilidade à fitoterapia.
A aplicação dos conceitos de garantia e controle da qualidade torna mais segura a terapia com as plantas medicinais deste ramo da ciência, que tem como matéria-prima básica, a planta medicinal previamente beneficiada.
Embora o uso freqüente de infusões da planta fresca seja uma prática comum na maioria das famílias, este hábito ainda não representa uma forma de medicamento válido para algumas doenças.
Importante:
A escolha da matéria-prima a ser utilizada ainda representa o grande diferencial de sucesso para um tratamento fitoterápico:
Sobre os pós:
Os pós são obtidos a partir da trituração ou moagem da planta previamente seca ou estabilizada. Para a qualidade de sua produção, devem ser empregadas apenas as partes recomendadas da planta, o que garante a maior concentração de substâncias ativas.
Sabemos que em uma planta existem centenas ou mesmo milhares de outras substâncias não relacionadas à ação terapêutica e que nada em contribuem ao tratamento.
Como na produção de pó não existe procedimento para separar esse tipo de substância do grupo de substâncias ativas, elas acabam sendo veiculadas ao organismo sem distinção.
Além disso, justamente pelo excesso de outras substâncias, a concentração de ativo é baixa no pó, o que justifica as altas doses empregadas, seja para o processo de cápsulas e comprimidos ou de infusões.
Para que o pó exerça ação farmacológica o organismo precisa realizar no trato gastrointestinal uma espécie de extração in loco das substâncias ativas, o que nem sempre é eficiente, dadas às inúmeras variáveis que influenciam o processo.
O pó da planta medicinal nem sempre promove os benefícios necessários, isso explica o baixo custo de algumas formulações quando comparados aos extratos secos não padronizados e também aos padronizados.
Extratos secos:
Os extratos secos são preparações obtidas pela eliminação total da fase líquida através de secagem em pressão atmosférica ou reduzida, por liofilização ou pela incorporação de solução extrativa em matriz sólida, com secagem posterior. Podem ser obtidos das frações extrativas mais adequadas do vegetal e produzidas com os solventes mais apropriados, que favorece seu conteúdo em substâncias ativas.
Também podem ser processados de modo a eliminar substâncias indesejáveis e não apresentarem material estranho, melhorando a eficácia do tratamento.
Uma das vantagens do extrato seco está no seu teor de umidade (baixo teor), diminuindo as chances de contaminação microbiológica, ou de alteração da droga vegetal por hidrólise.
Uma característica de destaque é a sua homogeneidade, o que facilita a determinação da qualidade, conferindo maior credibilidade ao paciente e ao profissional da saúde. Além disso, num extrato seco, as substâncias ativas, sendo previamente extraídas da planta, estão disponíveis para serem imediatamente absorvidas pelo organismo.
Extratos secos padronizados:
Os extratos secos também podem ser padronizados em relação a uma substância ou grupo de substâncias, que identifique a droga vegetal ou que seja responsável pela ação.
Chama-se marcador químico, a substância empregada apenas para identificação.
E marcador farmacológico, a substância responsável pela ação no organismo.
Assim, a padronização permite garantir a qualidade do extrato seco em função de um parâmetro fundamental para a eficácia do tratamento, que é a dose da substância ou grupo de substâncias ativas. A padronização pode ainda estar relacionada à forma de obtenção do extrato, ou seja, à quantidade das partes da planta empregadas no preparo do extrato, o que garante condições de exata reprodução do processo nas diversas extrações.
A tendência atual da Fitoterapia é a substituição dos pós e extratos secos comuns, pelos padronizados. Essa substituição permite uniformidade da conduta terapêutica e aumenta a segurança do tratamento.
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