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Moxabustão na Naturopatia

A moxabustão é usada há milhares de anos como um método de tratamento e prevenção de doenças.

Feita pela aplicação de calor através da queima de bastões ou lãs de moxa, em pontos de acupuntura.

As folhas secas de Artemísia moída transformam-se num pó fino, sendo usada com a propriedade de aquecer e limpar bloqueios nos canais energéticos, eliminando o frio, a umidade e melhorando o funcionamento dos órgãos.

A aplicação é quase sempre feita de maneira confortável e segura, onde um calor leve penetra profundamente, criando uma sensação de bem-estar em todo o organismo.

O método da moxabustão permite a ativação dos receptores térmicos da pele, provocando estímulos que competem com os sistemas de modulação da dor ao nível do corno posterior da coluna e controlam os processos dolorosos, principalmente osteoarticulares.

O estímulo pode atingir diferentes níveis da pele e exercer diferentes efeitos dependendo da camada afetada.

Cuidados:

Os possíveis efeitos indesejáveis ​​da aplicação da moxabustão devem ser calculados, principalmente em áreas muito sensíveis como face e costas, para evitar queimaduras e cicatrizes.

Contraindicações:

Cardiopatas e pessoas em estados febris, ou que apresentam infecções bacterianas, presença de ulcerações na pele, pele inflamada ou sensível. Não deve ser aplicado em órgãos sensoriais, como ouvidos, olhos, boca, próximo às membranas mucosas, como o nariz, ou no abdômen de gestantes.

Origem:

A moxabustão surge no norte da China como um tratamento no combate às doenças causadas pelas baixas temperaturas e de condições precárias na nutrição. São encontrados registros sobre essa técnica terapêutica no livro clássico de medicina interna (Nei Jing), escrito entre os anos 475 a. C. e 221 d. C. O texto faz referência sobre o uso, contraindicações e tratamentos pontuais para as mais diversas doenças. Mas, fundamentalmente é um método preventivo para colocar nossa saúde em perspectiva de equilíbrio. Possui muitas similaridades com a acupuntura, portanto considerada sua grande aliada.

Diferentes investigações médicas concluíram que as alterações bioquímicas vivenciadas no organismo em decorrência do seu tratamento permitem obter melhorias importantes, além de sua ação principal de ativação de energia. Desde o fortalecimento do sistema imunológico, à melhor regulação do sistema digestivo e do metabolismo, mitigando estados de estresse e fadiga permanente, aumentando a produção de glóbulos vermelhos e brancos e hemoglobina, além de melhorar os tempos de coagulação e criação de anticorpos, tratando patologias como como osteoartrite, artrite, dores reumáticas e rigidez lombar e aliviar distúrbios menstruais e da menopausa.

Considera-se como importante o fato de o calor gerado ser proveniente da queima da planta Artemísia, vista por diferentes povos da América antiga como uma planta sagrada.

A Artemísia é rica em óleos essenciais, vitaminas A, B, C e D, e minerais como potássio, ferro e magnésio, entre outros. Embora o uso dessa planta como instrumento principal de tratamento de doenças na moxabustão atual seja uma realidade, nem sempre foi assim. Ramos de árvores, bambu e ervas medicinais foram usados ​​na composição da moxa até se verificar as grandes qualidades da Artemísia, que parecem aumentar quando é preservada por anos. Especificamente, será desencadeada uma dilatação dos capilares e, portanto, um aumento do seu fluxo sanguíneo, a oxigenação das áreas tratadas e, por fim, um reequilíbrio da sua energia.

Outra das singularidades da moxabustão é que não podemos apenas considerar sua aplicação tendo em vista a necessidade de combater enfermidades específicas e bastante comuns, como resfriados e dores nas articulações. Também é correto pensar nisso como um método para cuidar da nossa saúde em perfeitas condições, com uma perspectiva mais preventiva em busca da melhoria da nossa qualidade de vida.

  
 
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