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Neurocosmetologia

O recente avanço da neurobiologia gerou novos tratamentos para as neuropatias, doenças neuromusculares e desordens neuropsiquiátricas. Esse avanço deu grande impulso à neurocosmética, que foi lançada internacionalmente em 2003, no 23º IFSCC (International Federation of Societiews o Cosmetic Chemisis) e no Brasil, durante o 18º Congresso brasileiro de Cosmetologia.

Desde então, a importância da fisiologia das vias neurosensoriais e o seu papel no processo de inflamação vêm sendo cada vez mais discutidos e explorados.

O congresso de SEPAWA 2004, em Würzburg, Alemanha, trouxe informações muito importantes sobre a neurocosmética.

Em 2005, em Lion na França, foi realizada a Journees Europeennes de Dermocosmetologie- 22ª edição. Grande parte dos temas foi em torno da Neurobiologia cutânea e a sua importância na ciência cosmética.

As bases da Neurocosmética

O sistema nervoso da pele

Os neurônios são células frágeis com baixo potencial de regeneração. A manutenção da atividade neuroendócrina na pele, que está envolvida em muitos processos biológicos, é necessária para a preservação global do equilíbrio cutâneo.

A pele é altamente inervada, apresentando muitas fibras sensitivas que alcançam as camadas vivas mais superficiais da epiderme. Deste modo, os cosméticos podem alcançar o sistema nervoso periférico.

A relação da pele com o sistema nervoso

As terminações nervosas da pele liberam neuromediadores capazes de ativar alvos cutâneos específicos como os queratinócitos, melanócitos, células de defesa, células produtoras de colágeno. Por outro lado, as funções metabólicas dos neurônios da pele são reguladas por mediadores formados pelas próprias células da pele.

Estes dois meios de comunicação participam de muitos processos biológicos, como inflamação, resposta imunológica, cura de ferimentos, pigmentação e crescimento de cabelos.

E o stress..

O stress fisiológico altera a função protetora da pele e pode ser importante no aparecimento de doenças e dermatoses inflamatórias.

Estudo publicado no “Archives of Dermatoilogy” foi realizado em 27 estudantes saudáveis da área de saúde. A função protetora da pele foi avaliada em 2 períodos considerados como de estresse alto (durante a época dos testes finais) e em 2 períodos considerados como sendo de baixo stress.

Resultados:

No período de stress alto, foi observada uma redução da capacidade protetora (de barreira) da pele.

Nos períodos de stress baixo, a função de proteção, teve recuperação mais rápida.

Stress causa mudança na função normal da pele:

Outro estudo publicado no “Journal of Investigate Dermatology” avaliou as mudanças da função barreira causadas por stress (estudo induzido em mulheres sadias).

11 mulheres foram expostas ao stress induzido por uma noite de privação de sono

25 foram expostas ao stress induzido por entrevista

10 foram expostas ao stress induzido por exercícios

Resultados:

A privação de sono causou a redução da recuperação da função de barreira da pele.

A entrevista causou uma redução da velocidade da recuperação da função de barreira protetora da pele e o aumento do cortisol e da noradrenalina.

O stress induzido por exercícios também gerou alterações na função de barreira da pele.

Os resultados mostraram que o stress pode comprometer a função de barreira protetora da pele e induzir ao dano celular.

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