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Trofologia

Trofologia diz respeito a selecionar, combinar e preparar os alimentos de forma que o organismo possa aproveitar melhor todos os seus nutrientes. A velha máxima, somos o que comemos, foi complementada por somos o que digerimos.

Com tantos alimentos pobres em nutrientes, o que de fato beneficia à nossa saúde?

Mais do que em outros tempos, passamos a viver diariamente com o valor da imunidade física. A dietoterapia trofológica tem como base um sistema alimentar rico em legumes, verduras, frutas, grãos e sementes. Não ficam de fora carnes magras e peixes selvagens. Considera-se relevante o uso de água de qualidade para hidratar o corpo e tisanas (infusões) com alto valor antioxidante. Segundo a Trofologia, combinações ideais entre os alimentos aliviariam ou evitariam refluxo, flatulência e inchaço abdominal.

A Naturopatia não recomenda dietas radicais. E a Trofologia recomenda pensar a respeito do consumo.

Por exemplo: temperar salada sem usar molhos de nenhuma espécie, mas usar azeites extra virgens. Outro exemplo não recomendado é a associação de vegetais e laticínios no mesmo prato. Portanto, preparações como um purê de batatas, seria feita com leite vegetal. Peixes seriam acompanhados de batatas assadas e espinafre. A água recomendada é a alcalina, para equilibrar o excesso de acidez sanguínea.

Dentre as fontes de alimentos mais usados estão:

Carboidratos:

Amidos – arroz, milho, macarrão, milho, pão, farinha, batata, banana, abóbora

Açúcares – açúcar de cana, mel, malte, xaropes, frutas:

Frutas ácidas – tomates, frutas cítricas (limões, limas, laranjas, abacaxis, toranjas), morangos, cranberries

Frutas subácidas – melões, maçãs, peras, pêssegos, ameixas, uvas, cerejas, framboesas, amoras

Frutas doces – tâmaras secas, figos, passas, bananas, ameixas, mamão

Proteínas – nozes, sementes, leguminosas, feijão, leite, iogurte, queijo, peixe, carne

Gorduras – amendoim, azeitonas, óleos, manteiga, natas, gordura animal

Vitaminas e minerais:

Legumes e saladas – cebola, brócolis, abobrinha, ervilha, cenoura, aipo, alface

O processo de digestão tem regras. Algumas combinações são incentivadas e outras deveriam ser evitadas.

Proteínas são digeridas pela pepsina (enzima presente no estômago), ativada na presença de ácido clorídrico (HCl). Os ácidos presentes nas frutas impedem a quebra de proteínas.

Recomenda-se selecionar um tipo de proteína por refeição, apenas. Muitas proteínas juntas demandam secreções de sucos digestivos diferentes. Do mesmo modo é recomendado um amido por vez. O processo de quebra do amido difere da proteína. Os amidos, demandam um meio alcalino. Isso é feito já na saliva pela amilase que contém ptialina, uma enzima que decompõe o amido em maltose. No intestino delgado, a enzima amilase quebra a maltose em glicose simples, frutose e galactose. Vão pela corrente sanguínea e armazenam-se no fígado. Este será um distribuidor de energia onde se faz necessária. Não havendo necessidade, a glicose vira glicogênio (fica no fígado) ou gordura para ser armazenada no tecido adiposo.

Em síntese:

Proteínas e amidos juntos = anulação mútua em funções.

Açúcares e frutas ácidas = inatividade das enzimas ptialina e pepsina, reduzindo a secreção de saliva e retardando a digestão.

Pouca amilase na boca por excesso de açúcar: os amidos terão que esperar pela ação enzimática no intestino delgado. As gorduras devem ser usadas com moderação e preferencialmente junto com as proteínas. Legumes e saladas combinam bem com todos os tipos de alimentos. Frutas ácidas: preferencialmente sozinhas Melões devem ser comidos sozinhos sem combinação.

Mudanças de hábitos dão trabalho. E para serem duradouras, requerem reflexão, ponderação e adaptação. Se não são propostas “mágicas” normalmente perduram.

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